domingo, 21 de junho de 2015

Hipocrisia, super exposição e exageros nas Redes Sociais e Intenet



Ando meio enojada e decepcionada com o que tenho visto atualmente na web, principalmente nas redes sociais, e ao mesmo tempo triste por pensar que é um caminho sem volta. 
Como esse é o meu blog pessoal, tenho liberdade para colocar aqui minhas opiniões pessoais, então deixarei registrada minhas impressões...
Tenho recebido com uma frequência quase diária, fotos de crianças roxas com cortes e hematomas, com legenda apelativas, que narram agressões diversas feitas pelos pais, maus tratos constantes e de todos os tipos, cachorros e gatos queimados, atropelamentos, mortes de todos as formas, fotos de pessoas inchadas, em estado de putrefação, pessoas mutiladas, deficiências de todos os tipos e formas, entre outros. E tudo em cores e detalhes que nem a polícia expõe, tudo registrado em fotos e vídeos com # (hastags) sempre marcantes do tipo #DigaNãoAviolência #NãoAviolênciaInfantil #NãoAviolênciaContraOsAnimais entre outras que se lembrar posto aqui depois. 
Não que eu seja contra campanhas que ajudem pessoas e animais, a questão é como isso chega às redes sociais. 
Dia desses visualizei uma foto de um bebê de no máximo 2 anos de idade com os olhos pregados de sangue talhado com uma historia dramática dizendo que ele havia sido espancado pelo pai, dai li até o final para confirmar o absurdo... Nenhuma informação havia sobre a criança, de onde foi o caso e de que forma poderíamos ajudar, e finalizavam com 10 mil #hastags dizendo ser contra a violência contra criança e pedindo para compartilhar, só pelo simples fato da pessoa que estava em poder da foto ser contra a violência, sem mesmo explicar se conhece ou não a vítima e como poderíamos ajudar a pobre criança que sofreu tamanha violência.
Muitas vezes há fotos impactantes com pedidos do tipo: "digam Amém nos comentários", "vamos rezar pela vítima", "vamos achar o canalha" (sem ao menos ter uma imagem de frente do autor da violência. E mais, quando há fotos dos "violentos" não há credibilidade alguma na fonte da história, ou certeza de que realmente estamos falando do verdadeiro culpado, já que muitas vezes são pessoas soltas e imparciais que se utilizam da imagem ou vídeo, só pelo prazer de compartilhar loucamente sem ter nada com o caso exposto.
Minha gente, tenhamos bom senso!
Do que vale uma foto dessa repassada 1 milhão de vezes nas redes sociais pedindo corrente positiva, sendo que o fato já aconteceu e nem mesmo sabemos o nome da pobre criança ou se ela esta necessitando de ajuda, o que podemos fazer para ajudar, ou mesmo se a informação é verídica? 
Investiguem, duvidem, se estiver estranho não compartilhem, você é cúmplice de tudo que compartilha ou repassa, e uma informação truncada, errada ou duvidosa, pode valer a vida de alguém.
Acredito sim no poder das redes sociais e internet, e o quanto é válida uma campanha séria ética, com nome e sobrenome e se possível até o numero da conta para ajudarmos no que for possível.
Conheço pessoas que realmente precisavam e foram ajudadas graças a campanhas nas redes sociais.
Mas fiquem atentos, toda denúncia ou pedido de ajuda dever ser investigado e analisado antes de clicar no botãozinho COMPARTILHAR AGORA. pois somente depois de uma boa investigação pessoal mesmo, você pode realmente fazer algo, já que os oportunistas sempre se aproveitam dessas situações pra desviar dinheiro, foi assim com campanhas de desabrigados da chuva em um certo estado, quem dirá com pessoa física.
Só que mais uma vez reforço que é muito triste ficarmos consumindo tanta desgraça e lixo jogados diariamente em redes sociais, e muitos dos casos expostos já foram até resolvidos, são informações passadas ou inverdades que estão sendo novamente compartilhadas,pelo simples desejo de ter mais alguns milhões de visualizações, fazendo crescer assim a popularidade através da apelação, e não tentar ajudar o próximo como é sempre esperado.
De nada adiante fazermos parte dessa "corrente" inútil se não ajudarmos de verdade, pois essa comoção dura pouco, é o tempo de olhar a imagem, ficar chocado e voltarmos para nossas vidas como se nada tivesse acontecido.
Não sejamos hipócritas, a vida é curta, se querem ajudar realmente entrem em campanhas sérias, investiguem e ajudem de forma concreta e verdadeira. 
Se não podemos ajudar o coitado que foi espancado no Oiapoque-Amapá, ajude sua vizinha que sofre em silêncio ou já pediu ajuda e você ignorou. 
Se quer ajudar bichos que sofrem maus tratos, entre numa Ong ou adote um cãozinho de rua, aquele mesmo que está ali na parada de ônibus molhado em dias de chuva e você passa por ele e nunca faz nada.
Compartilhemos amor, coisa boas, noticias produtivas, cursos, e histórias de sucesso!
Incentivemos esse povo ignorante a ter um rumo na vida, a estudar, a compartilhar alegria e não essa desgraceira desnecessária e diária que vemos e ouvimos diariamente.
Temos que usar a tecnologia e a comunicação a nosso favor.
Se não pode ajudar, evolua você, cumprimente o porteiro, dê bom dia ao motorista do ônibus quando entrar, divida sua comida com quem tem fome ao seu lado, ajude sua família, seu irmão que muitas vezes nem fala com contigo. Ajude os que estão próximos de você e tenho certeza que mudando de atitude, cada um fazendo sua parte, e consumindo (lendo, vendo e ouvindo) o que realmente importa, o mundo será melhor e você também!

#grazielamorais #hipocrisia #superExposição #violência #MausTratos #FazerObemEnãoOlhaiAquem #CuidadoComOqueCompartilha #violênciaGeraViolência #bomSensoSempre

Graziela Morais

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