Nosso cérebro é um espetáculo a parte, que está sempre em movimento e nos direcionando nesta jornada. Alimentá-lo e exercitá-lo também é um desafio!
Por mais que alguns tenha resistência, ler bastante, se alimentar corretamente e fazer exercício físico ainda é sinônimo de longevidade, inegavelmente.
Sempre falamos desses segredos de vida longa ouvimos as frases clássicas que tem gente super saudável e produtiva que morre cedo de câncer, por exemplo, e tem pessoas com uma vida de bebedeira e e descontrole que vive até 90 anos, mas li e ouvi da Dra.Ana Cláudia Quintana, que é especialista em cuidados paliativos no Brasil, que tem um fator que ainda desconhecemos na finitude, e se mesmo com todos os cuidados morremos cedo ou com alguma doença que coloca em risco a continuidade da nossa existência, não é nenhum castigo ou porque erramos "a receita de bolo", e simplesmente o corpo com sua famosa data de validade Divina, e que se, mesmo com todos os cuidados que temos, ainda sim temos alguma dessas doenças e partimos é sinal que fizemos nossa parte e com certeza viveríamos bem menos se não nos cuidássemos.
Cada ser humano é único, e a falta de cuidado com nosso corpo e mente, um dia terão consequências ou não, nosso corpo é nosso templo e nosso bem maior, nossa única riqueza, mas a omissão conosco tem seu preço, uma hora a "conta chegue" a vida cobra, e os danos não são só físicos, são emocionais também, mas somos livres pra escolher nossa jornada e como vamos segui-la . E não há garantias de que fazendo assim ou de outra forma dará tudo certo, só há esperança e a certeza de que o caminho é o que importa, o hoje, o agora, o presente, viver bem no durante enquanto "existir vida e vontade de viver e partilhar a existência e toda sua simplicidade.
Ter auto cuidado e tratar com amor essa casa que chamamos de corpo e mente enquanto há vida, nos garante vida agora no presente, no tempo de validade que nos foi destinado por Deus!
Minha mãe em sua crendice popular e fé sempre disse que "quando Deus chama" temos que ir, e não importa em que condições" e que "para morrer, basta estar vivo", e ainda citando Dra.Ana Cláudia Quintana, precisamos estar vivos na hora da nossa morte, presentes e conscientes nos últimos momentos, claro que nem todos conseguem, mas estar presente e vivos em tudo que fazermos (mind fulness) faz toda diferença nos dias atuais.
Percebo em casa a evolução de um parente com demência e como a mente humana vai se deteriorando lentamente, e como diz um terapeuta amigo, quando certa vez disse que achava que estava ficando louca, "quando você está enlouquecendo você não percebe, se acha que está louca, você ainda está aí".
Há uma linha é tênue entre a sanidade e a demência, como disse alguns especialista que conversei, depois que se vira "a chavinha" já era, o cérebro vai dando sinais e vai se deteriorando sem percebermos. E você vai indo embora, aos poucos, sem volta.
Certa vez li que a diferença entre o esquecimento de cansaço estresse e Burnout, por exemplo, é que nesses casos você esquece a chave pela casa, mas diante de uma demência, você esquece como essa chave funciona. Esquecer a funcionalidade das coisas, é a questão, é a prova que está se distanciando de si, num processo lento e percebido só por terceiros, geralmente os que convivem com você.
Queremos viver mais hoje em dia, então isso tem um preço, e com a longevidade somada a vida corrida e ao estresse, vem as doenças diversas que nos acometem na velhice, e apesar da cabeça acompanhar os novos tempos muitas vezes o corpo vai dando sinais de cansaço e da idade, inevitavelmente.
E muitas vezes nos preocupamos com a solidão ou mesmo quem estará ao nosso lado, se não tivermos filhos e netos e começarmos a nos ausentar de nós, mas a verdade é que filhos e netos não são garantia de cuidados e amor na velhice, se não construirmos uma via harmoniosa sendo gentis com quem nos cerca não teremos apoios de ninguém de fora nem se de sangue, ter empatia cultivar as boas amizades é a chave para que as pessoas tenham prazer em cuidar de você quando precisar e não um fardo, como é muitas vezes.
Obrigar filhos e netos a cuidar de um ser humano que não foi presente ou significou algo, é um fardo pesado, por isso temos que nos cercar de quem realmente nos quer bem durante a jornada, sendo gentis e respeitosos com todos que nos cercam, para que quando precisarmos e estivermos nos distanciando de nós mesmos a ajuda venha, de forma orgânica e natural.
Temos controle de muitas coisas na vida, mas sobre a morte e nossas ausências de nós mesmos, não.
Então a meta é alimentar bem cérebro e corpo para que possamos tentar chegar conscientes da nossa existência até o ultimo respirar!
Estar vivo e consciente na hora da nossa partida é um privilégio que Deus dá a poucos!
E seguir grato diante de cada amanhecer enquanto existirmos conscientemente é uma dádiva!
Graziela Morais
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