quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Enfim 40 - Dizem que a vida começa aos 40 - #Grazy40Tona :)


Claro que imaginei que chegaria aos 40 anos em minha casa própria super confortável, carro na garagem e o emprego dos sonhos. 
Não foi o que aconteceu... 
Ainda morando com meus pais, vivendo de um micro empreendimento que ainda não paga minhas contas, matando um leão por dia e economizando e valorizando cada centavinho que ganho!
Uma luta constante, diária e escolhida por mim!

Mas a paz que sinto no coração hoje, depois de tantos turbilhões ao longo da vida, não tem preço.

E tudo que vivo hoje me deu uma noção de vida e me fez aprender muitas coisas e valorizar tantas outras.

Percebi que a carreira da gente tem que ser estrategicamente planejada desde o início, que cada centavo é valioso em nossas vidas e que as mudanças são necessárias sejam dolorosas ou não.

Que podemos viver com pouco e que a vida é muito mais simples que imaginávamos aos 25 anos.

Que apesar de amar internet, ela deve ser usada a nosso favor e não de forma que façam um mapa das nossas vidas, nos transformando em alvos fáceis ou mera objeto de observação ou mera informação estatística, claro que isso acontece mesmo sem nossa permissão, mas não precisamos expor nossas vidas como um diário aberto para que gente que não te quer bem o acompanhe como novela.

Percebi também, que o corpo envelhece, fica flácido, mas sua alma, seu espírito continua achando que é jovem, e é isso que nos faz viver mais, pois envelhecer é inevitável, mas ficar chato é opcional...
Claro que ao longo da vida as decepções, desilusões nos tornam mais atentos e mais reclusos diante de algumas situações, pois com 10 minutos de conversa já podemos traçar o perfil de algumas pessoas, e isso é fascinante, e ao mesmo tempo assustador porque observando bem sabemos exatamente com quem estamos lidando e se vale a pena ou não dar atenção posteriormente.

Percebemos que socializar é preciso, mas a medida que amadurecemos vamos ficando mais impacientes e menos tolerantes diante de injustiças e crueldades.

A seriedade e cautela chegam mesmo sem permitirmos, e a com o tempo vamos aprendendo a ter mais calma e achar solução para tudo sem desespero ou taquicardia como antes.
Claro que o aprendizado chega para alguns e para outros não, porque até o aprendizado tem que ser aceito por nós, muitas pessoas preferem morrer sem aprender nada, vivendo em seus mundinhos pequenos e particulares se recusando a absorver o novo.

Aos poucos vamos tendo mais fé, acreditando mais nas graças e bençãos de cada amanhecer, porque independente da idade sempre acreditei que Deus é amor, não o vejo como um Deus que castiga, tortura e nos dá o que queremos se nos comportarmos...
Deus é muito mais que isso, em sua grandeza e amor ele permite que façamos o que quisermos e tudo que nos acontece vai depender das nossas escolhas e sua consequências não tem nada haver com o Deus tirano que muito acreditam.
Nossos fracassos amorosos ou no trabalho, estão ligados às escolhas que fazemos mesmo inconscientemente, somos livres para viver, sofrer e receber o que plantamos.
E quando precisamos DEle, Deus está sempre lá para nos acolher e nos indicar o caminho!

Percebi que o bem mais precioso que temos nessa vida é a saúde e que o corpo da gente é uma máquina que precisa de manutenção diária para funcionar bem!
E que tem coisas na vida que só podem ser feitas por nós mesmos!
Ninguém pode fazer exercícios ou estudar por você, ninguém pode te amar por você, tem coisas que só você pode fazer por você mesmo! Simples assim!

Estou no auge da minha forma física e mental e cheia de vida e energia pra continuar lutando por mais sucesso. Mas percebo que a luta é diária e se pararmos está tudo acabado.
E não é preciso morrer fisicamente para estar morto.
Temos que estar sempre em movimento, enquanto o corpo pulsar energia e atividade há esperança, vida e continuidade.

Recomeçar a cada dia, buscando força e energia dentro de nós mesmos é o mais importante, pois se ficarmos sentados esperando, a vida passa e ficamos aqui como mero espectador, sem participar da nosso própria vida, vivendo a vida de todos a nossa volta, menos a nossa própria vida!

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Graziela Morais