É interessante como o ser humano sempre faz as coisas por conveniência ou por interesse!
Nem sempre essa ação é de todo ruim, a questão é quando isso fica excessivo, falso com tom de arrogância.
Todos nós temos nossos interesses, mas muitos esquecem que somos pessoas com história, sentimentos e sonhos também.
É sempre bom usar a "prática da boa vizinhança" ou mesmo um manual de boa educação, gentilezas ou como viver em sociedade, fazendo com o próximo somente o que queremos que façam conosco, para manter a harmonia diária com quem está próximo.
Agir com verdade, ética, clareza e atitude é sempre uma boa opção.
Ser interesseiro não é de todo ruim, afinal de contas estamos sempre interessados em algo, seja carinho, abraço, reconhecimento, salário digno, sexo, amor, atenção, amizade...
O que pesa nesse caso é a forma como é feita a abordagem!
Algumas vezes a abordagem é feita de forma direta e objetiva, deixando claro o que se quer, mas em sua maioria a abordagem é feita de forma sutil, onde o interessado chega devagar finge que se interessa por você, por sua vida ou rotina, se faz de amigo, te elogia, se diz parceiro, oferece ajuda de todas as formas possíveis e imagináveis, até que você diz o primeiro NÃO ou discorda dos planos "que ele tem" usando você.
Daí a coisa muda. Tudo fica estranho e desagradável.
Dessa forma você sai automaticamente da lista de pessoas queridas num piscar de olhos, deixa de fazer falta, deixa de participar, deixa de existir e ter importância.
Aqueles que antes o seguiam se dizendo admiradores e amigos, se vão um a um a medida que não tem mais "utilidade" para os fins de terceiros.
Já dizia sabiamente um amigo "você vale pela utilidade que tem", e quando, aos olhos dos outros, você não tem mais utilidade, você deixa de ser parte, deixa de ser lembrado e logo correm em busca de alguém que tenha a mesma disponibilidade e utilidade e "sempre diga SIM".
Mas diferente do que pensam, tudo continuará como sempre foi, o que carrega de bom dentro de si, permanecerá intacto, como um valioso presente, que só será entregue a quem realmente merece, e você o guarda com carinho e leva embora quando for, onde for.
Quem perde?
Quem só te quer bem pela conveniência, pois o mundo gira, dá voltas, mas o que se perdeu uma vez, jamais será reconquistado...
E aqueles que não se alegram pelo sucesso do próximo, sempre desejando ocupar seu lugar e tirar proveito da utilidade e conhecimento alheio, nunca evolui, pois perde muito tempo desejando o que não é seu nem é capaz de ser!
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Graziela Morais
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