quinta-feira, 30 de outubro de 2008

"O QUE VOCÊ TEM A VER COM A CORRUPÇÃO?"


Li o projeto, gravei o jigle e vesti a camisa, na esperança de que mudemos nossa realidade atual. Partindo da idéia que focando as crianças de hoje, as conscientizando nesse momento, nossos filhos e netos terão uma realidade melhor.
Sem corrupção e respeitando o próximo acima de tudo!
Vale a pena conferir no site e vestir essa camisa!!
NÃO A CORRUPÇÃO JÁ!
Graziela Morais

domingo, 5 de outubro de 2008

Assédio Moral no Trabalho...

http://www.assediomoral.org/

O que é assédio moral?

Assédio moral ou violência moral no trabalho não é um fenômeno novo.

Pode-se dizer que ele é tão antigo quanto o trabalho.
A novidade reside na intensificação, gravidade, amplitude e banalização do fenômeno e na abordagem que tenta estabelecer o nexo-causal com a organização do trabalho e tratá-lo como não inerente ao trabalho.

A reflexão e o debate sobre o tema são recentes no Brasil, tendo ganhado força após a divulgação da pesquisa brasileira realizada por Dra. Margarida Barreto. Tema da sua dissertação de Mestrado em Psicologia Social, foi defendida em 22 de maio de 2000 na PUC/ SP, sob o título "Uma jornada de humilhações".
A primeira matéria sobre a pesquisa brasileira saiu na Folha de São Paulo, no dia 25 de novembro de 2000, na coluna de Mônica Bérgamo.

Desde então o tema tem tido presença constante nos jornais, revistas, rádio e televisão, em todo país.

O assunto vem sendo discutido amplamente pela sociedade, em particular no movimento sindical e no âmbito do legislativo.
Em agosto do mesmo ano, foi publicado no Brasil o livro de Marie France Hirigoyen "Harcèlement Moral: la violence perverse au quotidien".

O livro foi traduzido pela Editora Bertrand Brasil, com o título Assédio moral: a violência perversa no cotidiano.

Atualmente existem mais de 80 projetos de lei em diferentes municípios do país. Vários projetos já foram aprovados e, entre eles, destacamos: São Paulo, Natal, Guarulhos, Iracemápolis, Bauru, Jaboticabal, Cascavel, Sidrolândia, Reserva do Iguaçu, Guararema, Campinas, entre outros.

No âmbito estadual, o Rio de Janeiro, que, desde maio de 2002, condena esta prática.

Existem projetos em tramitação nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraná, Bahia, entre outros. No âmbito federal, há propostas de alteração do Código Penal e outros projetos de lei.


O que é humilhação?

Conceito:

É um sentimento de ser ofendido/a, menosprezado/a, rebaixado/a, inferiorizado/a, submetido/a, vexado/a, constrangido/a e ultrajado/a pelo outro/a. É sentir-se um ninguém, sem valor, inútil. Magoado/a, revoltado/a, perturbado/a, mortificado/a, traído/a, envergonhado/a, indignado/a e com raiva. A humilhação causa dor, tristeza e sofrimento.


E o que é assédio moral no trabalho?

É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.
Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização.

A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares.

Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, freqüentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ’pacto da tolerância e do silêncio’ no coletivo, enquanto a vitima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ’perdendo’ sua auto-estima.

Em resumo: um ato isolado de humilhação não é assédio moral.

Este, pressupõe:
repetição sistemática intencionalidade (forçar o outro a abrir mão do emprego) direcionalidade (uma pessoa do grupo é escolhida como bode expiatório) temporalidade (durante a jornada, por dias e meses)

degradação deliberada das condições de trabalho

Entretanto, quer seja um ato ou a repetição deste ato, devemos combater firmemente por constituir uma violência psicológica, causando danos à saúde física e mental, não somente daquele que é excluído, mas de todo o coletivo que testemunha esses atos.

O desabrochar do individualismo reafirma o perfil do ’novo’ trabalhador: ’autônomo, flexível’, capaz, competitivo, criativo, agressivo, qualificado e empregável.

Estas habilidades o qualificam para a demanda do mercado que procura a excelência e saúde perfeita.

Estar ’apto’ significa responsabilizar os trabalhadores pela formação/qualificação e culpabilizá-los pelo desemprego, aumento da pobreza urbana e miséria, desfocando a realidade e impondo aos trabalhadores um sofrimento perverso.

A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador e trabalhadora de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental*, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho.
A violência moral no trabalho constitui um fenômeno internacional segundo levantamento recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) com diversos paises desenvolvidos.

A pesquisa aponta para distúrbios da saúde mental relacionado com as condições de trabalho em países como Finlândia, Alemanha, Reino Unido, Polônia e Estados Unidos.

As perspectivas são sombrias para as duas próximas décadas, pois segundo a OIT e Organização Mundial da Saúde, estas serão as décadas do ’mal estar na globalização", onde predominará depressões, angustias e outros danos psíquicos, relacionados com as novas políticas de gestão na organização de trabalho e que estão vinculadas as políticas neoliberais.


(*) ver texto da OIT sobre o assunto no link: 

http://www.ilo.org/public/spanish/bureau/inf/pr/2000/37.htm
Fonte: BARRETO, M. Uma jornada de humilhações. São Paulo: Fapesp; PUC, 2000.



#grazielaMorais #assedioMorais #assedioSexual

Graziela Morais 

sábado, 4 de outubro de 2008

MP3, MP4, IPOD, CELULAR COM RÁDIO E MP3...







Aos pouquinhos esse acessório foi tomando espaço, virando moda, e se tornando necessário em todos os momentos do dia!
Ficar atualizado com as notícias da CBN, Rádio Camara e Senado, ouvir as músicas preferidas e relaxaaaaaar...
Esses dias estava indo para o trabalho, no meu percurso repetitivo e diário e observei que as pessoas, que já haviam perdido o hábito de dizer um bom dia ou simplesmente olhar para o lado, no ônibus ou mesmo na rua, hoje estão cada vez mais solitárias. Cada pessoa segue séria, concentrada, muitas dormem ao som da música, outras andam pelas ruas sorrindo, ou mesmo cantando sozinha, em sua jornada diária, mas sem prestar atenção aos sons, que em brasília, são tão urbanos, som dos carros, dos poucos vendedores ambulantes, dos pedintes, dos amigos que muitas vezes se encontram na rua, do sonorizador do semáforo que informa que ele pode passar...
No trabalho ele (o fone) virou polêmica:
-Não é permitido nos dois ouvidos! Apenas um ouvido é permitido, o outro tem que ficar atento ao som da voz do chefe que quando necessita de algo tem que ser atendido pontual e precisamente naquele segundo!
E dessa forma somos agora seres cada vez mais individuais e sozinhos:
-Uns ouvem informações atualizadas nas principais rádios de notícias;
-Outros concentrados em seu "momento de fé" rezam, agradecem e pedem por um mundo melhor em rádios religiosas;
-Outros ouvem no último volume aquele "som esperto" que sempre está bem alto, para que o serviço fique num ritmo acelerado;
-Outros ouvem mpb, ou algo mais relaxante para evitar o estresse do dia-a-dia e terminar o dia com o corpo tranquilo e a mente leve...
Não importa a intenção, polêmico ou não, ele veio pra ficar!!
Agora é torcer, para que todos façam como as mulheres, que conseguem fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, e que apesar da concentração no seu fone-inseparável, o cérebro fique sempre alerta, para sorrir e dar seu bom dia. Para que percebamos que o fone se tornou "válvula de escape" para enfrentar as dificuldades com alegria e música, mas não pode nos escravizar e nos tornar, mesmo que inconscientemente "robozinhos" mudos e pouco sociáveis!!

Graziela Morais